Cybercop, os Policiais do Futuro é uma série tokusatsu japonesa trazida ao Brasil pela Sato Company (cujo dono era Nelson Sato) e exibida no Brasil pela extinta Rede Manchete no início dos anos 90 ficando no ar até a metade da mesma década conquistando ótimos índices de audiência. Mais tarde foi reprisada pela CNT. A série foi produzida pelos estúdios Toho, sendo exibida originalmente no Japão pela NTV entre 1988 e 1989. Atualmente é exibida pela Ulbra TV de Porto Alegre. No auge dos seriados Tokusatsu no Brasil na primeira metade da década de 90 foi criado também o Circo Show dos Cybercops em 1994 com atores brasileiros porém com as armaduras e roupas originais usadas nas gravações no Japão.
Sinopse
Em 1999, o esquadrão especial da polícia de Tóquio conhecido como ZAC (Zero Section Armed Constable ou Policiais Armados da Sessão Zero) cria o Cybercop, um grupo de policiais de elite com armaduras tecnológicas. Os Cybercops passam a combater a organização criminosa Destrap (Death Trap, no original) liderada pelo computador Fuhrer, uma criação de Barão Kageyama, o verdadeiro líder do grupo.
Cybercops
* Shinya Takeda/Júpiter: Takeda foi encontrado pela Interpol junto da unidade Júpiter durante uma tempestade elétrica. Ele começa a série desmemoriado, e ficará sabendo mais tarde que veio do século XXIII, numa época em que as máquinas da Destrap dominavam o mundo, no qual seu codinome era Z226. Também terá seu passado ligado ao do misterioso Lúcifer e ao do Barão Kageyama, líder da Destrap. Quando se encontra em situação de perigo, Takeda pode invocar, de outra dimensão, uma misteriosa energia chamada Cyber-Força junto com uma arma poderosíssima chamada Cyber Thunder Arm e também o "Cyber Escudo". Fora destas situações, Takeda gosta de usar a arma-padrão Cyber Discrusher e o Cyber Trishot.
* Akira H j /Marte: Líder dos Cybercops. Chamou a atenção do público por ser um herói de personalidade muito complexa: ranzinza, mal-humorado e brigão, mas com uma coragem e uma determinação fora do comum. Akira tem um passado bastante difícil. Ainda garoto, viu seu pai se suicidar após ser demitido de uma firma de computadores. Para se vingar da empresa, Akira usou seus conhecimentos em informática para se infiltrar no computador da firma e levá-la à ruína. Quando o Capitão Oda, líder do ZAC, soube disso, levou Akira para a academia de polícia, onde seu senso de Justiça poderia ser melhor aproveitado. A unidade Marte, preparada para ser usada com armas de impacto e destruição, porém sua blindagem é mais fina, possui nas pernas hastes que ajudam a fixar e a suportar o "coice" de armas mais potentes. Suas armas favoritas são o Cyber Mega-Storm, Cyber Fire-Slugger, Cyber Arma #004 - Cyber Volt Winder e o Cyber Rock Buster.
* Ryichi Mri/Saturno: Brincalhão, bem humorado e mulherengo, Ryouichi é o piadista do grupo. Está sempre tentando acalmar os ânimos e dando em cima de todas as mulheres, não importa se sejam solteiras, noivas, ou casadas. Comenta-se que é para disfarçar a preocupação que sente pelos quatro irmãos menores, deixados com os tios após a morte de seus pais. A unidade Saturno é equipada com diversos tipos de radares e sensores, capazes de captar calor, ondas de rádio, metais, além de possuir raio-x e visão infravermelha. No entanto, mesmo protegendo com grande margem de segurança o corpo do policial Ryouichi, a unidade Saturno possui a blindagem menos espessa e, por isso, mais vulnerável a ataques. As armas favoritas de Saturno são o Cyber Try-Shot e o Cyber Discrusher.
* Osamu Saionji/Mercúrio: Tímido e determinado, Osamu é do tipo "come-quieto", e dos cinco, o que menos aparece na série. Seu irmão foi um policial morto no cumprimento do dever. Após sua morte, Osamu decidiu estudar muito, superar seu irmão e cumprir o sonho dele. Sua mãe nunca gostou muito da idéia, mas acabou aceitando. A unidade Mercúrio é a mais leve e rápida das quatro, ideal para missões que exijam velocidade e precisão. As armas favoritas de Osamu são a Cyber Slash-Caliber e a Cyber Mega Storm.
* Lucifer: Também vindo do futuro, como Takeda e Kageyama, acaba se aliando à Destrap como uma espécie de freelancer, por acreditar que Takeda é o traidor que sabotou o plano de destruição da Torre Babilon no futuro e causou a morte de seus companheiros. Após dar muito trabalho aos Cybercops, descobre que as provas da traição de Takeda foram forjadas pelo Barão Kageyama, que era o verdadeiro traidor. A partir daí, passa a ajudar os heróis sempre que eles se encontram em dificuldades. Sendo uma unidade futurista, a unidade Lúcifer é muito mais forte, resistente e bem equipada do que a dos outros Cybercops. Ao contrário deles, não precisa de uma cabine de Cyber-transformação, invocando sua armadura através de um misterioso vórtice temporal, pelo mesmo meio usado por Takeda/Jupiter usa para chamar seu Cyber Thunder Arm. A unidade é equipada com um par de pistolas, as Impulse Magnum , um par de canhões denominados Canhões Pulsar e o poderoso Cyber Gravitador, a última arma de Lúcifer. Ele pode ainda invocar, pelos mesmos meios, o canhão voador Gigamax. O verdadeiro nome de Lúcifer nunca foi revelado.
Outros Membros do ZAC
Tomoko Uesugi |
* Capitão Hisagi Oda: Chefe do ZAC. Rígido porém tranquilo, ele se mostra bem amável com os seus recrutas, principalmente com Akira (Marte), a quem criou como filho.
* Shimazu Mizue: Vice-chefe. Mostra-se mais rígida que o próprio Oda, no qual revela seus verdadeiros sentimentos pelo capitão conforme a série vai dando seus desfecho. Viúva do criador das unidades cyber, ela se considera a "Mãe" dos policias do futuro.
* Daisuke Yazawa: Especialista em computação. Essencial em todas as batalhas, ele comanda das instalações do ZAC todas as operações feitas pelos cybercops.
* Miho Asakura: Oficial de comunicações. Sentimental, ela sempre se mostra sensível a todos os tipos de emoções, o que nos episódios finais quase a tirou do ZAC por um próprio pedido de demissão.
Destrap
Barão Kageyama |
* Fuhrer: Supercomputador criado pelo Barão Kageyama. É o vilão-mor durante toda a série, para no decorrer dos eventos se revelar como apenas um fantoche. Era uma forma de Barão Kageyama ter controle total da Destrap sem a necessidade de se expor. No final, é fusionado com Kageyama para a última batalha contra os heróis.
Madame Durwin |
Doutor Einshtein |
Doutor/Professor Ploid |
Luana, a Rainha das Bestas |
Além disso, a Destrap às vezes lançava mão de andróides de baixo poder de fogo: eram chamados coletivamente de "Guerrilheiros" ou "Siliconióides", e se pareciam com seres humanos usando óculos escuros e uniforme de camuflagem. Sob os óculos, se escondiam olhos biônicos e circuitos expostos.
Cyber Armas e Cyber Weapons
Por meio de um moderno sistema, o ZAC tem a sua disposição uma câmara de armamentos, chamada de Câmara Escura, a qual mantém as Cyber Armas e a Cyber Weapons. Através de dutos de transporte, as armas são transportadas a qualquer parte da cidade. O acesso à câmara se dá através de cartões magnéticos, próprios de cada Cybercop.
Cyber Weapon #001 |
* Cyber Weapon #002 - Cyber Mega Storm: Potente lançador múltiplo de mísseis, próprio para atacar vários inimigos de uma vez só. É possível lançar um de cada vez ou todos, se assim preferir. Por exigir altura, peso e força, se adapta melhor a Marte. No entanto, possui apenas 6 cartuchos de munição.
* Cyber Arma #001 - Cyber Tryshot: Uma metralhadora portatil de grande poder de fogo.
Cyber Arma #002 |
* Cyber Arma #003 - Cyber Slash Caliber: Sabre que possui um poder letal incrível, podendo cortar praticamente qualquer coisa.
Cyber Arma #004 |
* Cyber Arma #005 - Cyber Rock Buster: Uma poderosa furadeira capaz de destruir qualquer superfície rochosa. Útil para esburacar pedras ou paredes.
* Cyber Arma #00X - Cyber Thunder: um bracelete futurístico, é a arma pessoal de Júpiter. Quando entra em estado de raiva durante a batalha, Júpiter invoca a Cyber Força, pela qual se fortalece e chama o Thunder Arm, que vem do futuro através de um portal dimensional semelhante ao que Lúcifer invoca ao vestir sua Unidade. O Cyber Thunder Arm é considerada a "Cyber Arma do futuro", eis que possui um poder de ataque e destruição muito maior do que as outras Cyber Armas e Weapons. Utilizando-o, Júpiter aplica vários golpes.
Cyber Arma #00X, bracelete do futuro. |
Curiosidades
* O ator Shogo Shiotani (Akira/Marte) faleceu em 5 de maio de 2002. Segundo entrevistas, ele possuía um forte vínculo com seu personagem e com o seriado, e teria tentado produzir uma nova versão de Cybercops nas décadas de 90 e 2000, continuando a série de televisão original. Porém, essa idéia não foi acolhida por nenhum estúdio, o que o desmotivou e agravou seu transtorno bipolar. Devido a uma crise depressiva atribuída a este fracasso, o ator cometeu suicídio jogando-se de um prédio na região de Dougenzaka, bairro de Shibuya, em Tóquio. (fonte: Wikipedia japonesa)
* O nome "Kageyama" siginifica "montanha da sombra" (kage = sombra, yama = monte ou montanha). Errôneamente os dubladores pronunciavam "Kaje-yama", mas a pronuncia correta é literal (Kageyama).
* Coincidência ou não, na série de romances 2001, 2010, 2061 e 3001, de Arthur C. Clarke, "Lúcifer" é o nome com que se passa a chamar o planeta Júpiter após este ser transformado pelos misteriosos monolitos negros em uma estrela de baixa intensidade (veja o verbete estrela-anã).
* A frase que Júpiter proferia antes de invocar a Cyberforça foi adaptada na dublagem. No original, Júpiter dizia "Yurusanee!", uma versão coloquial de "Yurusanai", que significa "Não perdôo!". Na versão dublada, Jupiter passou a dizer "Agora chega!" ou "Já chega!". Da mesma forma, o termo "Cyberforça" foi criado pela dublagem; no original, o fenômeno de fortalecimento de Júpiter chama-se Cyber Boming e ao invocá-lo, o mesmo diz "Cyber Guilty!".
* O golpe Cyber Onda de Choque (Cybernic Wave, no original), desferido por Júpiter, é baseado no Meteoro de Pegasus desferido por Seiya em Cavaleiros do Zodíaco.
* Cybercops foi uma tentativa da Toho de realizar uma série nos moldes de um Sentai. Prova disso é que no mangá japonês, Tomoko ganha uma Unidade e luta ao lado dos heróis com o codinome Vênus. Originalmente na série, Tomoko também vestiria a Unidade, porém a produtora não teve dinheiro para construir mais uma armadura e apenas os quatro homens as tiveram. Tal situação foi adaptada ao roteiro, no episódio A Revolta de Tomoko, em que Tomoko abandona os Cybercops para dar aulas em uma academia de polícia feminina. Neste episódio, Shimazu explica para a garota que ela não recebeu uma Unidade devido dos enormes gastos financeiros com a construção das outras Unidades, cujo custo de cada uma, segundo a capitã, era de 10 aviões de guerra cada.
* A série foi filmada utilizando-se do sistema BetaCAM, da Sony, formato de vídeo que foi muito popular no Brasil nos anos 80. Em decorrência disso, não havia película, a qual se insere na filmagem para sobrepôr os efeitos conhecidos (laser de espadas, tiros, etc). Assim, os efeitos especiais tiveram um padrão muito abaixo do nível, até mesmo para a época em que a série foi produzida. Também, em razão disso, era nítido que as armaduras da série eram feitas de borracha e fibra de vidro, eis que a película, que disfarça tais detalhes, não estava presente.
* O sucesso da série no Brasil pode ser explicado pela combinação de alguns fatores. Apesar de um orçamento modesto (até mesmo para os padrões de uma série de tokusatsu), efeitos especiais nem sempre convincentes (em razão de problemas ocasionados pelo próprio formato Betamax, citado anteriormente), Cybercops possuía um roteiro original, com uma história bem-elaborada e relativamente verossímil, até mesmo para os padrões de um tokusatsu. Além disso, foram evitados muitos clichês do gênero, que eram usados e abusados pela Toei, como robôs gigantes, super-bazucas, nomes dos personagens previsíveis, como "Red", "Blue", "Black", e outros.
* Outro ponto forte da série foi a dublagem. Ao invés da Álamo, optou-se por contratar os estúdios BKS. Cybercops é lembrado pelos fãs por possuir uma excelente dublagem.
* A muleta que Takeda usa no episódio 16 não é encenação; o ator Yuki Yoshida se machucou durante as gravações da série e torceu o pé direito. (fonte: Wikipedia japonesa)
* Á exceção de Júpiter (cujo dublê era o suit-actor profissional Riichi Seike), os suit actors de Marte, Saturno, Mercúrio e Lúcifer eram os próprios atores (Shogo Shiotani, Ryuji Mizumoto, Ryoma Sasaki e Takashi Koura). Em diversos momentos da série, é possível ver os rostos dos atores por baixo do visor e reconhecê-los, devido à semi-transparência das lentes dos capacetes. Todos pertenciam ao Japan Action Club (atual JAE - Japan Action Enterprise) e eram dublês profissionais. Shiotani era membro veterano até sua morte, e Koura é veterano até hoje (fonte: Wikipedia japonesa).
* Os atores Mika Chiba (Tomoko) e Yuki Yoshida (Takeda) contracenaram juntos novamente em 2003, na série Chouseishin Gransazer, na qual ambos interpretaram, respectivamente, a alienígena Karin e o capitão Soichiro Okita.
* No início do episódio 33, a música executada em cena chama-se Brand New Tomorrow, e é cantada por Mika Chiba.
* Do elenco de dublagem brasileira já faleceram Hélio Porto (Phylo), Mário Vilela (algumas pontas), Eleu Salvador (algumas pontas) e Francisco Borges (Capitão Oda; falecimeto mais recente).
* Na época da série, Hiroshi Nishikawa (cantor da abertura) e Mika Chiba (Tomoko/cantora do enceramento) tinham respectivamente 18 e 16 anos.
* Um ano antes de entrar para o elenco da série, o ator Ryoma Sasaki chegou a realizar testes para fazer o papel do protagonista Kotaro Minami em Kamen Rider Black. Chegou às etapas finais para ser selecionado, mas Tetsuo Kurata acabou ganhando o papel.
Confere a seguir um capítulo completo da série:
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