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Domingo Nostálgico: Carrossel




Carrusel (no Brasil, Carrossel) foi uma telenovela mexicana de 375 capítulos produzida pela Rede Televisa em 1989, transmitida no Brasil pelo SBTentre 20 de maio de 1991 e 21 de abril de 1992 e reprisada três vezes. Remake de uma novela argentina dos anos 60 e 70, Jacinta Pichimahuida, la maestra que no se olvida, a trama conta a história de uma turma de crianças da 2ª série do Ensino Fundamental da Escola Mundial. Juntos, eles descobrem os prós e os contras da vida e procuram resolver seus problemas com alegria e descontração, sempre com o auxílio e carinho da professora Helena, que servia como uma mãe para eles.

A novela fez enorme sucesso no Brasil, sendo lembrada como uma das melhores novelas exibidas pelo SBT, tendo inclusive ultrapassado a audiência do Jornal Nacional da Rede Globo por várias vezes. Ao total, foi reprisada em 1993, 1995 e 1996. O sucesso da novela e da personagem Professora Helena foi tanto que Gabriela Rivero, a atriz que a interpretava, visitou o Brasil na época e desceu a rampa do Congresso Nacional junto com o então presidente Fernando Collor de Mello.



Em 1992, ganhou uma continuação (que acabou se tornando um remake) intitulada Carrossel das Américas, também exibida pelo SBT. Nesta nova versão, Gabriela Rivero reprisou seu papel como Professora Helena, desta vez lecionando para uma nova turma de crianças.  Já foi duas vezes reprisada no México pela Reprise Televisa, em 1993 e 1997. Em 2002 foi feita uma outra versão da novela, chamada Viva às Crianças! - Carrossel 2, porém não obteve o mesmo sucesso de sua antecessora.



Personagens:

Professora Helena Fernández (Gabriela Rivero): professora do Ensino Fundamental da Escola Mundial, é a personificação de tudo o que é bom e correto. A jovem e linda professora Helena era tutora, amiga e mãe de seus alunos. Com seu jeito meigo e enorme paciência, a professorinha era amada por todos.
Dublador(a): Marlene Costa.





Cirilo Rivera (Pedro Javier Viveros) é um menino pobre e negro. Cirilo caracterizava-se por sua ingenuidade e inocência. Cirilo costumava acreditar e cair em praticamente todas as brincadeiras que fizessem contra ele, sendo por isso sempre motivo de chacota por alguns colegas, em especial o temível Paulo Guerra, que se divertia levando Cirilo na conversa de diversas maneiras. O pequeno Cirilo era ainda apaixonado por uma coleguinha de turma, a linda e mimada Maria Joaquina Villa Señor; amor esse que não era correspondido, pois Maria Joaquina era, além de tudo, egoísta, mimada, e, sobretudo, racista. Mas com o tempo sua bondade é recompensada, quando Maria Joaquina se arrepende de tudo o que fez e finalmente no último capitulo se torna sua amiga.
Dublador(a): Gabriela Bicalho.


Maria Joaquina (Ludwika Paleta), filha de um renomado médico (o Dr. Villaseñor), é uma menina rica, bonita, porém arrogante, mas com o tempo aprende a dar valor as coisas importantes da vida. Na trama, foi sequestrada, mas salva por seus amigos e por Cirilo, colega apaixonado e desprezado pela menina, por ser negro e pobre, ela domostra sentir um amor e claro conrrespondido por Jorge Del Sauto. Mesmo com esse comportamento, em alguns capítulos, Maria Joaquina, ao contrário de Jorge Del Sauto, não se mostra uma menina malvada mas uma garota que, consciente do amor, ajuda seus amigos em algumas ocasiões.
Dublador(a): Adriana Torres.


Laura Gignoni (Hilda Chávez) é uma gordinha comilona e romântica, passava o dia com um grande sanduíche na mão, e não perdia a chance de desabafar num suspiro "Isso é tão romântico!" E também: "Você é muito anti-romântico!!!", ou "Isto é muito sentimental".
Dublador(a): Ana Lúcia Menezes.




Kokimoto Mishima (Yoshiki Taquiguchi) é um espevitado oriental. Sempre com sua faixinha de karatê amarrada na cabeça, era invocado e não levava desaforo para casa, sendo um dos capangas guarda-costas do temível Paulo Guerra. Porém Kokimoto era um bom menino, e foi mais tarde substituído do cargo de braço-direito de Paulo por Mário Ayala. Kokimoto é o mais "saidinho" de seus colegas. Inclusive, na ocasião de férias de fim de ano, passada com toda a turma, sempre tentava espiar as meninas trocando de roupa nas barracas.
Dublador(a): Priscila Gonçalves.


Davi Rabinovich (Joseph Birch) é um estudante judeu. Com seu rosto angelical e cabelos loiros e cacheados, o pequeno Davi não perdia tempo com as mulheres, tendo como affair a levada Valéria, sua colega de classe. O clímax da atuação do jovem semita se deu quando se oferece para sacrificar seu amado animal de estimação, uma tartaruga, para fazer uma sopa capaz de curar o porteiro Firmino de uma doença. A idéia se dá após uma aula na qual a professora Helena afirma que uma sopa de tartaruga poderia até ressuscitar os mortos. Não precisamos dizer que Firmino não aceitou a realização deste ato cheio de ternura.
Dublador(a): Robson Richers.


Valéria Ferreira (Krystel Klithbo) é a namoradinha míope do Davi. No auge da pobreza, quando seu pai assinou papéis para um canalha que o traiu deixando-lhe uma dívida enorme, costurou roupinhas de boneca durante a madrugada para tentar vendê-las numa loja de brinquedos; pelas manhãs mostrava-se exausta e era constantemente repreendida pelos pais, que não sabiam da boa ação.
Dublador(a): Fernanda Fernandes.


Jaime Palillo (Jorge Granillo) é um gordinho de coração enorme que sempre repetia "Mas que droga de cabeça!" quando não acertava um problema de matemática. Jaime Palillo só temia seu velho pai, o grosseirão Rafael Palillo, um mecânico de automóveis de bom coração, mas que sempre ralhava com o filho na época de assinar os boletins escolares. Numa ocasião, ao tirar nota baixa na escola, Jaime fugiu de casa e pelos caminhos da vida, encontrou um mendigo que o ensinou a tocar gaita e até lhe deu uma de presente. Esse dom serviu mais tarde para que Jaime tocasse "La Bamba" em sua gaita na festa da escola.
Dublador(a): Gabriel Noya.


Carmem Carrilho (Flor Eduarda Gurrola) é uma menina estudiosa, extremamente pobre, que sofria com a separação dos pais. Destacou-se ao sofrer de apendicite aguda, precisando ser rapidamente operada pelo pai de Maria Joaquina. Outras várias situações envolveram a menina, como a festa de Primeira Comunhão da prima rica, que exigia que suas convidadas vestissem-se de branco dos pés a cabeça. Carmen não tinha essa roupa e seus pais não podiam comprar para ela. Mas no fim, a Patrulha Salvadora deu um jeito na situação e mais uma vez mostraram o quanto são unidos e amorosos.
Dublador(a): Mariana Torres.


Mario Ayala (Gabriel Castañon) é uma personagem que entra bem depois do início da novela. Filho de um homem que vive de viagens para ganhar duramente a vida, vivia também com a meia-irmã e a madrasta. Estudava na Escola Mundial, assim como a quase totalidade das crianças da série. Em seu primeiro dia de aula com a professora Helena, se comportou tão mal que fez a professora Helena e toda a turma chorar. Ele já vinha de outra turma e o trocaram por problemas similares. O próximo passo seria sua expulsão. Mas com o passar do tempo foi se tornando mais comportado e amigo de todos. Possuía um cachorro, com o nome de Rabito. Incrivelmente, durante a sucessão de capítulos da novela, o cachorro que representava Rabito foi trocado por outro bastante diferente. Após sentir-se forçado pela moral a doar Rabito para uma garota de cadeira de rodas (sua dona anterior, que o chamava de Caramelo), Mário Ayala ganhou dela um outro cão, um pastor alemão, ao qual também colocou o nome de Rabito e se tornou o mascote da heróica Patrulha Salvadora. Sua madrasta o odiava e chegava a esconder dele coisas de comer para dar somente à sua legítima filha. Em uma das viagens do pai do menino, Natália - a madrasta - se uniu a seu cínico irmão para matar o coelho do garoto para cozinhá-lo. Mario chegou a tempo de salvá-lo. Esse fato causa a separação do casal. No final, Natália se arrepende, volta com seu marido e passa a viver em paz com o garoto, inclusive se tratando como mãe e filho.
Dublador(a): Cleonir dos Santos.



Paulo Guerra (Mauricio Armando) era um garoto problema. Temido por quase todos, Paulo estava sempre aprontando, ora colocando tachinhas na cadeira da roliça Laura, ora bolando um plano maquiavélico contra o pobre Cirilo. Aparece com uma zarabatana no vídeo de abertura. Mais para o final da novela, por incrível que pareça, a conduta de Paulo piora, a ponto de ser expulso da Patrulha Salvadora.
Dublador(a): Peterson Adriano.

Marcelina Guerra (Georgina García) é a irmã de Paulo, é o oposto do irmão, sendo boazinha demais e sempre defendendo os injustiçados, como Cirilo e Laura.
Dublador(a): Daniela Ribeiro e Flávia Saddy.


Adriano é um menino gordinho secundário na trama, com pouca importância na saga, passando a maior parte do tempo no Mundo da Lua e dividido entre bocejos e cochilos.
Dublador(a): não divulgado.




Daniel Zapata (Abraham Pons) é o líder intelectual da turma, 100% correto e incorruptível. Com seu cabelo em forma de tigela e rosto sardento, foi o criador da organização filantrópica e sem fins lucrativos "Patrulha Salvadora", que com suas missões ajudou vários personagens nas mais inusitadas situações.




Bibi Smith é uma garota descendente de estadunidenses. Por vezes, fala expressões em inglês.






Clementina é uma menina mantida sob cárcere privado por suas tias ultra-conservadoras, Rosa e Matilde. Embora residisse atrás da Escola Mundial, suas tias não a deixavam estudar desde o acidente de carro de seus pais, que estavam no hospital. Isso até que a brava Patrulha Salvadora a libertasse para o mundo externo.


Jorge Delsalto (Rafael Omar Lozano) é o menino mais rico da saga, foi apresentado ao público mais ou menos na metade da trama. Possuidor de um invejável carrinho branco motorizado, arrancava sorrisos e piscadelas de Maria Joaquina e despertava inocente ciúme de Cirilo. Teve sua participação mais memorável durante a esperada corrida contra o carro preto do já rico Cirilo. Algumas de suas mais notáveis aparições ocorrem quando interpreta o "Defensor da Justiça". Para tanto, faz uso de um lenço para alterar sua voz e, falando às vezes também com outra entonação, lança mão de ligações anônimas (identificando-se apenas como Defensor da Justiça) por exemplo, para a Diretora Oliva, e repassa informações sigilosas e incriminatórias a respeito de Jaime Palillo e seus amigos. Porém, suas fofocas e maldades nunca deram certo, pois, por pior que as situações ficassem, sempre eram bem resolvidas no fim. Este personagem sim se mostra uma criança malvada, pois já chegou a envolver alguns de seus colegas em tramoias para prejudicá-los. Orgulhoso, não sabe o que é o amor e os bons sentimentos, o que o torna um vilão na trama. Ele é apaixonado por Maria Joaquina e essa claro conrresponde esse amor.
Dublador (a): Fernanda Crispim.


Sra. Oliva (Beatriz Moreno) é a diretora da escola. Oposto da doce Professora Helena, Oliva era uma solteirona amarga e autoritária, o horror dos alunos e professores. Presenteou Jaime Palillo com uma nota zero que preencheu toda a folha de rosto da prova, quando este foi pego colando.
Dublador(a): Lia Farrel e Sônia de Oliveira.



Firmino é o velho porteiro e amigo dos alunos, sempre ajudava a acobertar suas estripulias. Um aspecto singular da trama é a mudança do ator que interpretava o porteiro ancião. Mesmo com a mudança de ator no meio da série, quando a novela foi exibida no Brasil, o dublador Jomery Pozolli foi o mesmo para ambos atores que interpretaram o mesmo personagem. 
Curiosidade: presumia-se, como motivo da troca, a morte do ator original (Augusto Benedico), porém este só viria a falecer em 1992, três anos após a novela original. Foi substituído por Armando Calvo, cuja idade era bem menor que do primeiro ator.


Doroteia é incluída na história já em andamento, e era encarregada da faxina. Era uma mulher atrapalhada e representante do velho estilo pastelão. Vestida sempre a caráter, andava com seu inseparável espanador e criou laços de amizade com os alunos do colégio. Ficou muito pouco tempo, vindo a sair da novela antes do final.

Sr. Morales é um rico e bondoso empresário, patrono da Escola Mundial e amigo do Dr. Villaseñor, que deu à Professora Helena um segundo emprego (além de seu emprego de professora) em sua empresa, quando esta decidiu se afastar num período da trama.

Srta. Matilde (Raquel Pankowsky) era a professora de música do segundo ano. Metida e autoritária, sempre caia nas brincadeiras dos alunos Paulo e Mário, o que a deixava muito nervosa, chegando até a ter colapsos nervosos. Deixou a Escola no meio da novela por esses motivos.

Prof. Suzana foi contratada para substituir Helena, que ficou doente. No início era tratada com desdém pelas alunos, mas, com seu jeito carismático similar ao de Helena, consegue ganhar o coração de seus alunos. Quando a protagonista retorna, Suzana passa a ser professora de outra classe e amiga de Helena.

O Prof. René chega à Escola para substituir a professora Matilde. Muito charmoso e simpático, ganhou respeito e amizade das crianças. A professora Helena chega a se apaixonar por ele, mas ela o cede à Suzana. René e Suzana casam-se no final da novela.

Durante a ausência da professora Helena, Glória chega para substituí-la. Possuía um jeito severo, mas na realidade era muito sentimental e sofredora, já que sua filha, a menina Irene, não podia andar, devido a um acidente. Com o passar dos tempos, seus alunos a compreendem e tornam-se amigos dela e de sua filha, que era o que a menina estava precisando. Carlão, representado por um ator de traços grosseiros e estatura aparentemente superior a 2,20m, fazia parte da quadrilha que seqüestrou Davi Rabinovich e causou espanto nos telespectadores ao tornar pública sua inteligência desfavorecida. Sua frase mais marcante foi no esconderijo da quadrilha: após ouvir comentário de seu chefe, que disse: "É a minha prima. Deve estar querendo saber se nós já chegamos." Carlão indagou "E nós já chegou?". Carlão, juntamente com o resto do bando e seus cúmplices foi preso no final do seqüestro. Nunca mais apareceu. Sua participação na novela durou apenas alguns capítulos.


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